O desabafo do secretário de Comunicação do Governo, Paulo Araújo

Paulo Araújo Secretário de comunicação 

A governadora Rosalba Ciarlini pode dizer que tem um defensor Número 1 e que ele não é de Mossoró.

Trata-se do jornalista Paulo Araújo, seu secretário de Comunicação.

Que acompanha a governadora, presencia fatos, vivencia o dia-a-dia.

O texto abaixo é uma reflexão-desabafo do secretário encaminhado ao Blog e atendido.

Eis:

Hoje é dia de Arena das Dunas. E de reflexão…

Paulo Araújo

Secretário de Comunicação

Hoje, para um público de 27 mil pessoas, vai ser o dia mais esperado dos últimos 29 meses para, finalmente, entrar, conhecer, se encantar, torcer pelo seu time do coração e principalmente se orgulhar da Arena das Dunas

Iniciada sem o menor fio de esperança por parte da opinião pública (eu mesmo escrevi aqui que toda aquela área poderia virar um grande parque, depois da demolição do Machadão) mediante uma decisão solitária e corajosa da Governadora Rosalba Cialini em não deixar Natal de fora da Copa do Mundo, a obra ENTREGUE é, antes de mais nada, uma prova viva de como essa mulher, sempre foi, ao longo da sua trajetória de gestora, uma tocadora de obras.

*

Rosalba é, a despeito de todo o desgate que se abateu sobre ela (os como e porquês das tintas que pinta esse quadro rendem um livro), uma tocadora de obras. Isso ninguém pode contestar. E na semana passada, vejam só, foi afastada do cargo por 24 horas, numa decisão do TRE derrubada pelo TSE, porque iria “perfurar um poço na zona rural de Mossoro” – isso numa altura em que o RN enfrenta a maior seca dos últimos 70 anos.

Um poço. Vamos repetir: um poço artesiano na zona rural de Mossoró. E que nem chegou a ser aberto.

Da mesma forma que Rosalba prometeu, e fez, a Arena das Dunas, podem ter certeza de que, se episódios como esse não puxarem ainda mais o RN para trás e servirem de leitmotiv para zilhões de reportagens negativas sobre o nosso Estado, ficarão pontos a tempo os dois acessos ao primeiro aeroporto privado do Brasil, em São Gonçalo do Amarante, obra que se arrastava há 12 anos, vejam só, e a Barragem de Oiticica, essa entaõ esperada há mais de 100 anos pelo povo do Seridó – e campeã em irregularidades no Tribunal de Contas da União.

Vamos repetir: Uma barragem que vai salvar da iminência da tragédia por causa da seca nada menos do que 17 municípios campeã de irregularidades no TCU, até ter sido destravada e hoje já estar 10% concluída, com garantias, inclusive, de remoção de uma comunidade que verá suas casas ficarem no leito da barragem. Como foi com São Rafael, no Vale do Assu.

“E a saúde? E a educação? E a segurança? Porque ela não fez nada nessas áreas?”

São 12 hospitais reformados ao mesmo tempo, alguns dos quais não via uma mão de tinta há 20 anos. O Giselda Trigueiro, referência no tratamento de doenças infecto-contagiosas no Estado, não tinha esgotamento sanitário. Vamos repetir: um hospital funcionando no coração de Natal sem esgotamento sanitário. Para onde iam os dejetos? Para o Rio Potengi? E a instalação e obrigatoriedade do ponto eletrônico para os médicos nos hospitais? Um verdadeiro terremoto provocado entre a categoria e motivo de demissões em massa, numa estranha associação entre compromisso, trabalho e salário. Estrutura e cumprimento de horários. Vamos ficar por aqui.

E educação? Mais de 250 escolas reformadas. Um salário inicial de professor que foi de R$ 950 para 1.700. Um sistema de matrículas e controle de notas on-line (lembram das cadernetas brancas?), a maior quantidade de ônibus entregues e, coisa que ninguém pode fechar os olhos: a maior quantidade de prêmios dados por órgãos como MEC, Unicef e melhora de índices como o Pisa e Prova Brasil. Isso é fato. Basta fazer cruzamento de dados. Quem fez o curso de jornalismo com auxílio de computador está habilitado. 10 escolas técnicas profissionalizantes estão sendo erguidas no estado e começam a ser entregues em abril. Partir para um curso profissionalizante antes da faculdade á a saída num país tão carente de mão-de-obra e onde o jovem não encontra o primeiro emprego porque não tem experiência e não tem experiência porque não encontra o primeiro emprego. Tostines.

E a segurança, tão criticada e tão destroçada? Nunca houve tantos coletes, pistolas, centro de monitoramentos e viaturas novas pelas ruas. Primeiro desafio e desgate: fazer o policial, transferido para funções como recepcionista e até secretário particular, voltar a monitorar as ruas e garantir segurança para o povo. Não foi – e não vai ser – fácil fechar a conta num país que, de norte a sul, vê a criminalidade aumentar.

Vamos dar um dado: enquanto se desenrolava, há pouco mais de um ano, UM sequestro que paralisou o RN, NOVE estavam em curso no vizinho Ceará. UM contra NOVE. Os jornais não fizeram essa estatística. Agora veio a revista Época e afirmou que somos o proximo Maranhão, onde 64 presos morreram num único presídio, contra UM no nosso, além de um caso de suicídio. Paremos nesses dois comparativos. Ou vamos ouvir ONGs do México?

Essa semana, em Tangará, um agricultor de 72 anos chegou para a Governadora e disse: “a senhora foi a pessoa que mais mandou torta para o gado que eu tenha lembrança”. Um agricultor de 72 anos pode fazer tudo, menos mentir. Isso eu vivenciei e aprendi em casa.

Aí vem a pergunta: porque essa Governadora está tão desgatada? Por que o Ibope a aponta como a mais mal avaliada do Brasil?

Por um motivo muito simples: até agora, no 4o ano de governo, Rosalba Ciarlini foi tolhida, por todos os caminhos imagináveis, de dizer, tornar público, publicizar o que realmente fez, como a Arena das Dunas. E foi a primeira, vale lembrar, a viver sobre o escrutínio, em tempo real, das redes sociais. Pense nisso.

Pense também como é fácil e irresponsável fazer um “paper” para o Facebook dizendo algo não-verdadeiro e fazer essa informação chegar aos olhos de milhões de pessoas. O “outro lado” é que são elas.

Voltando à Arena das Dunas. Estão vendo algum comercial assinado pelo governo sobre a obra, passando insistentemente na TV, como em outros tempos? A belíssima peça que está passando é obra da própria OAS Arena.

E tenho certeza de que faz todos quererem estar lá e aproveitar tudo isso. Como vão afzer hoje.

O post poderia se estender pela infinidade aqui da rede. Vou lembrar só mais de algumas coisas: 700 quilômetros de adutoras, entre o Oeste e Seridó, mais de 300 quilômetros de novas estradas, como a que ligou o RN a PB pela cidade de Alexandria (sim, o nosso interior existe e lá as pessoas precisam de estradas), a maior dotação de tratores, escavadeiras, carros pipa e barragens submersas (governo federal, que faz tudo mediante contrapartida estadual) e dois reconhecimentos financeiros sem paralelo na história desse estado:

1) Tesouro Federal atestando o estado como o 4o no Brasil em equilíbrio fiscal;

2) O reconhecimento – e financiamento – de uma das instituições mais sérias do planeta: o Banco Mundial, que emprestou ao RN nada menos do que USD 540 milhões para financiar turismo, agricultura, piscicultura, artesanato, e outras oito cadeias produtivas. Ontem conhecemos o teleférico de Santa Rita, em Santa Cruz, que vai dotar aquela santuário de um equipamento de primeiro mundo, como vai ser em Martins, outra jóia do nosso turismo interiorano.

E porque todos querem o “Fora, Rosalba!”? Quais os argumentos que se desenrolam depois do “Esse governo é ruim porque…”? Ou é uma onda, diz-se porque todo mundo diz?

Por que tanto isolamento político? Por que tanta rejeição? Por quê? Talvez porque essa mulher seja, antes de tudo, honesta, e sempre tenha feito questão de tratar o dinheiro público como público. Desgastou-se com tudo até agora, até com um poço na zona rural de Mossoró, menos nessa seara que tanto envergonha o Brasil.

Pense nisso ao se encantar ao entrar ou passar na frente da Arena das Dunas nos próximos dias, construída sem nenhum aditivo e exatamente com o valor que foi anunciado há 29 meses. Uma obra. Um compromisso. Uma entrega.

Que vai fazer o RN ser visto por nada menos do que 4 BILHOES de pessoas ao redor do mundo em junho. E não só isso, porque ela não foi erguida só para a Copa do Mundo.

Não é pouca coisa.

Retirado do Blog Thaisa Galvão

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