Inspirados pela geração do tetra, que nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1994 entrou em campo no Arruda de mãos dadas, Neymar, Oscar & cia. cantaram o Hino Nacional abraçados. A cena lembrou o gesto de união do time treinado por Carlos Alberto Parreira na goleada de 6 a 0 sobre a Bolívia em 26 de agosto. Quatro dias antes, a equipe havia sido muito criticada no 2 a 0 contra o Equador no Morumbi, situação semelhante à vivida agora: na última sexta, o Brasil deixou o estádio paulista sob vaias apesar do 1 a 0 em cima da África do Sul.
- Foi um gesto espontâneo dos jogadores – disse Mano antes de a bola rolar, afirmando ainda que esperava uma melhora no desempenho dos atletas em relação ao amistoso anterior.
Neymar mostra o sorriso para a torcida: lembrança de vaias no Morumbi semana passada (Foto: Agência AP)
A equipe de Mano volta a campo no dia 19 deste mês contra a Argentina, em Goiânia, pelo Superclássico das Américas. Apenas jogadores que atuam no Brasil serão convocados pelo técnico. A partida de volta será em 3 de outubro, em Resistencia. Até
China não dá trabalho, e Seleção abre 2 a 0 no primeiro tempo
O treinador fez apenas uma mudança no time que venceu os sul-africanos: autor do gol no Morumbi, Hulk substituiu Leandro Damião como titular. O novo atacante do Zenit começou bem e iniciou a primeira boa chance da Seleção. Logo aos cinco minutos, o paraibano avançou pela direita e tocou para Oscar, que cruzou para Neymar sozinho na pequena área, mas o santista cabeceou na trave.
Com controle total da partida – a posse de bola chegou a 80% -, o Brasil achou o gol aos 22. Em uma jogada à la Chelsea: Ramires deu sua tradicional arrancada pela esquerda, tabelou com Oscar e tocou por cima do goleiro chinês, em lance que lembrou o gol do ex-cruzeirense contra o Barcelona na semifinal da última Liga dos Campeões.
O primeiro chute da China foi dado aos 28, quando Hao Junmin cobrou falta, a bola bateu na barreira e saiu por cima. Aos 33, a Seleção quase fez o terceiro. Neymar, pela esquerda, retribuiu o presente de Oscar e tocou na área, mas o meia acertou o travessão, com o gol aberto.
- Ninguém tira meu sorriso, independentemente das vaias meu sorriso vai estar no rosto
Goleada e grande defesa de Diego Alves na etapa final
Mais três minutos e outro gol. Neymar arriscou de longe e acertou o travessão. No rebote, Hulk fez o dele, de canhota, claro. Na comemoração, declaração de amor à terra natal na camisa por baixo do uniforme: “100% Nordeste. Te amo, Paraíba”.
Neymar, aos oito, aproveitou cruzamento de Marcelo na pequena área e fez o segundo dele, quinto do Brasil. Seis minutos depois, o craque do Santos balançou a rede de novo, após novo toque de Oscar na área. Olhando para as câmeras, Neymar comemorou apontando para o sorriso.
Neymar, que havia saído vaiado contra a África do Sul, deixou o campo aplaudido logo depois para a entrada de Jonas. Durante a etapa final, Mano deu chance também a Adriano, Sandro, Réver, Leandro Damião e Arouca.
Aos 29, o oitavo gol da Seleção. Marcelo foi derrubado na área. A torcida pediu para Hulk cobrar o pênalti, mas Oscar pegou a bola e converteu: 8 a 0. O camisa 10 deixou o campo pouco depois, substituído por Damião. Já aos 44, a China quase diminuiu, com um chute de Ting rente à trave direita de Diego Alves.
A última vez que a Seleção havia marcado oito vezes foi em 20 de maio de 2006: 8 a 0 sobre o Combinado de Lucerna, na Suíça, em preparação para a Copa do Mundo da Alemanha.
Diego Alves, Daniel Alves (Adriano), Dedé, David Luiz (Réver), Romulo (Sandro), Marcelo, Lucas, Ramires (Arouca), Oscar (Leandro Damião), Neymar (Jonas) e Hulk. | Zeng Cheng, Peng Zhao, Liu Jianye, Yu Yang, Tang Miao; Xuri Zhao, Lu Peng, Jian Liu, Hao Junmin (Zhang Yuan); Gao Lin (Yang Xu) e Zhu Ting. |
Técnico: Mano Menezes | Técnico: José Camacho |
Gols: Ramires, aos 22 do primeiro tempo; Neymar, aos 25 do primeiro tempo; Lucas, aos 3 do segundo tempo; Hulk, aos 6 do segundo tempo; Neymar, aos 8 do segundo tempo; Neymar, aos 14 do segundo tempo; Liu Jianye (contra), aos 24 do segundo tempo; Oscar, aos 29 do segundo tempo | |
Data: 10/09/2012. Local: Estádio do Arruda, no Recife. Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai). Auxiliares: Miguel Ángel Nievas e Nicolás Taran (Uruguai). Público: 29.658 pessoas |
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