Os
policiais federais podem entrar em greve na próxima terça-feira (06),
segundo anunciou hoje (1º) o presidente da Federação Nacional dos
Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink. Os agentes reivindicam junto
ao governo a reestruturação da carreira, a discussão de novas políticas
salariais e a troca do atual diretor-geral da Polícia Federal (PF),
Leandro Daiello Coimbra.
Segundo
o presidente da Fenapef, o atual diretor não consegue gerir
adequadamente a instituição. “Há disputas internas na PF e o diretor não
é competente para administrar [essas disputas]. Queremos alguém de fora
da PF que seja gestor, que saiba apaziguar as disputas”, declarou.
O
sindicato aprovou o indicativo de greve na manhã de hoje. Até sexta
feira, os sindicatos estaduais devem definir como irão operar. Segundo
Wink os estados têm essa autonomia por causa da particularidade de cada
um. “Em São Paulo e Rio de Janeiro, temos dois grandes aeroportos, então
pode haver operação-padrão na alfândega. Em Brasília, pode afetar a
emissão de passaportes. No Amazonas, no Rio Grande do Sul, a
fiscalização das fronteiras pode ser prejudicada”, afirmou.
Investigações
especiais como a Operação Monte Carlo, que prendeu o empresário goiano
Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, também podem ser
afetadas. O presidente da Fenapef ressaltou que a paralisação de
investigações importantes será analisado caso a caso.
Segundo
o sindicalista, a intenção dos agentes da PF é não prejudicar a
segurança do país, de maneira a manter a confiança da população. O
Ministério do Planejamento informou que as negociações com as categorias
em greve estão abertas e que entre os dias 13 e 17 darão
posicionamentos a todas as reivindicações.
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