Pode passar
despercebido a muitos, mas é bom você ficar de olho nas movimentações do
deputado federal Henrique Alves (PMDB). Ele quer mais do que apenas
reforçar a chapa Cláudia Regina (DEM)/Wellington Filho (PMDB) à
Prefeitura de Mossoró.
Henrique investe na retomada de espaço
próprio em Mossoró, através do partido que durante muitos anos foi uma
referência política e de grande capital de votos no município. Cláudia é
“hospedeira” dessa visão estratégica do parlamentar.
A eleição de Cláudia, com o ‘encaixe’ do
advogado Wellington Filho, é seu “passaporte” para alavancar esse
plano no segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte.
Durante muitos anos, Henrique e seu pai
(já falecido) Aluízio Alves foram obrigados a praticamente “arrendar” o
PMDB ao grupo do então deputado federal Vingt Rosado. A aliança era
necessária e mostrou-se importante para voos maiores dos Alves. Foram
praticamente 20 anos de acomodação de interesses.
Entretanto, com o passar do tempo, a
própria identidade do “aluizismo” e seu capital direto de votos
minguaram em Mossoró, até o partido ser “desovado” pelo esquema Rosado
em 2005.
A candidatura de Cláudia, nome muito
mais ligado ao senador José Agripino (DEM) do que ao casal governadora
Rosalba Ciarlini (DEM)-ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM),
facilitaria essa costura ousada de Henrique. É com ela que o deputado
trata diretamente da campanha em Mossoró, além do próprio José Agripino.
Sua própria influência no governo Dilma
Rousseff (PT) e possível eleição à presidência da Câmara Federal podem
torná-lo ainda mais importante à gestão de Rosalba e mais ainda a uma
hipotética administração Cláudia/Wellington.
Ardiloso, com tato, Henrique repete o
que a sabedoria sertaneja ensina: come “pelas beiradas”. Está quente?
Esfria, até chegar ao núcleo do poder.
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