Huguenberg de Oliveira e Francisco Jociel.
Alunos que desenvolvem o projeto
Nesse período de Férias, enquanto a galera de todas as instituições de ensino se encontram passeando, namorando, curtindo as redes sociais, encontramos sexta-feira passada, 01 de fevereiro, os alunos da escola Zenilda Gama, Francisco jociel e Huguenberg de oliveira e a co-orientadora Gidélia Costa no laboratório de química da escola fazendo teste para aperfeiçoamentos do uso da cera de abelha no revestimento de frutas.
Aproveitamos a oportunidade para entrevistar os garotos e pedir explicações a respeito do projeto que tem feito tanto sucesso nas feiras que participaram pelo estado, representando a escola em 2012.
Gidélia Costa, co-orientadora local ao lado de
Huguenberg e Jociel
Blog: Perguntamos a Francisco Jociel como surgiu a ideia do projeto?
“A iniciativa da ideia surgiu por meio de um incentivo da UFERSA através do projeto ‘Ciências para todos no semiárido Potiguar’. O projeto da Universidade Federal do Semiárido idealizou uma tempestade de ideias voltada para fatos do cotidiano dos alunos do ensino médio de várias cidades. Orientados por Wallace Edulky de S. Freitas, co-orientador do projeto pela Ufersa, que muito nos ajudou no inicio, tivemos a ideia de estudarmos sobre a cera de abelha e as frutas, que faziam parte do nosso cotidiano. Pesquisamos e dai surgiu a ideia de usar a cera na conservação de frutas”, explica Francisco Jociel.
Blog: E por que você vocês se interessaram logo pela cera de abelha em seu projeto?
“Meu pai trabalha com colmeias e isso é uma coisa que faz parte da minha vivência e facilitaria nossa pesquisa”, explicou Jociel.
Banana e goiaba são dua frutas usadas no projeto
Blog: Como tudo se desenvolveu?
“Primeiro, levantamos a hipótese com base na seguinte pergunta: Qual o efeito da cera de abelha na conservação de frutas? A partir dai, com uma grande colaboração de Wallace, começamos a fazer uma série de experimentos. A princípio, tudo dava errado. E fomos aperfeiçoando o nosso produto em cima dos erros”. Disse Jociel. “O primeiro produto que obtivemos resultado satisfatório formava uma espessa película sobre a furta e os resultados não foram bons. Depois disso, sozinhos começamos a aprimorar o nosso produto aperfeiçoando a fórmula. Descobrimos um padrão bem interessante que mescla a quantidade certa de reagentes e a sequencia como eles eram colocados em contato um com o outro para a reação ocorrer. A partir dai, chegamos a um resultado bem mais satisfatório. Esse resultado nos fez ter bons êxitos na conservação de frutas usando a cera de abelha”. Explica. “E com esse resultado, fomos a Natal e conseguimos em uma feira chamar a atenção dos participantes. Nosso projeto foi um dos primeiros colocados”, observou.
Blog: Os resultados da cera na conservação das frutas são realmente satisfatórios?
“O nosso produto tem se mostrado muito eficaz, prolongando a vida útil das frutas após a colheita. Além de conservar a fruta, o nosso produto conserva o peso da fruta, retarda sua oxidação, conservar os minerais, já comprovamos isso com uma nutricionista, a fruta ainda fica protegida da ação de bactérias e fungos devido à camada protetora da cera, que tem como um dos seus componentes básico o própoles, substancia que tem ação fungicida e antibactericida”. Explicou Jociel com segurança.
Frutas com cera sob refrigeração
aumentam três vezes mais vida útil, diz Jociel
Blog: E como o produto é aplicado sobre a fruta?
“Após prepararmos a fórmula do nosso produto, mergulhamos a fruta dentro do produto e tiramos rapidamente e deixamos a cera se cristalizar, funciona mais ou menos assim”, disse.
Blog: Vocês moram na zona rural. Como fizeram para pesquisar e desenvolver a fórmula do seu produto?
“A força de vontade e a persistência na vida das pessoas é muito importante. Na própria zona rural onde moramos aproveitamos parte do nosso tempo para estudar e pesquisar. Aqui na escola, durante as aulas vagas e durante o intervalo víamos para o laboratório fazer os testes necessários”. O esforço valeu apena, explica.
Banana com mesmo tempo útil de vida.
As mais claras estão sem a película de cera
Blog: E vocês fizeram testes comprovando a eficácia da cera na conservação das frutas? A qual resultado prático vocês chegaram?
“Fizemos vários testes desde que conseguimos resultados satisfatórios com o nosso produto. Nos testes feitos, descobrimos que a fruta com a cera, sob refrigeração, seu poder de conservação aumenta três vezes mais do que aquelas que não têm a cera, isso sob refrigeração. Na temperatura ambiente, o poder de conservação da cera sobre as furtas também ficaram comprovadas em testes que fizemos e que se encontra registrado em tabelas que usamos como parâmetros para verificar os resultados. Em temperatura ambiente, as frutas com cera se conservam duas vezes mais do que as que estão sem a proteção”. Explicou jociel. “Em uma feira em Natal, em outubro do ano passado, nossos colegas de classe riram quando nós falamos para eles que fizemos a secretária de educação e a governadora comerem uma goiaba de 40 dias depois de colhidas. Elas gostaram muito do sabor e nem desconfiaram que a goiaba tinha todo esse tempo de colhida”, disse Jociel.
Mamão é uma fruta que vem sendo
testada recentemente no projeto
Blog: E a fruta, pode ser consumida com ou sem a cera?
“Sem problema, é só da uma lavadinha para tirar a poeira. A cera não faz mal, pelo contrario, o própoles presente nela, faz bem a saúde. E se não quiser consumir com a cera, é só lavar que ela é removida com facilidade”. Disse.
Blog: vocês sonham em ganhar dinheiro com esse produto da cera da abelha para aumentar o tempo útil das frutas?
“Claro. É um dos nossos sonhos. Geralmente os produtos usados no mercado contem produtos químicos que são proibidos no mercado externo. Não é muito difícil, quando você assiste jornais, vê problemas com relação ao barramento de produtos importados em virtude da descoberta de substancias proibidas. Isso é comum no mercado europeu e americano”. Explicar Jociel com intrepidez. “O nosso produto, feito a base de cera de abelha e outros ingredientes são todos naturais, se, presença de qualquer substancia feita artificialmente em laboratórios ou que sejam proibidos no mercado. Precisamos de alguém que nos patenteei, nosso produto é muito bom”. Conclui.
O projeto: “Cera de abelha no revestimento de frutas” desenvolvido pelos alunos do ensino médio da escola estadual profº. Maria Zenilda Gama Torres Francisco Jociel, Huguenberg de oliveira e Antônio Jeracino, que tem como co-orientadora local Antonia Gidélia da costa, já participou de duas feiras a nível estadual e obteve muito êxito, sendo uma das mais apreciadas. Mm Março desse ano, o projeto vai ser um dos três representantes do estado do RN na FEBRACE (Feira de Brasileira de Ciências e engenharia), no estado de São Paulo.
FONTE: blog do toinho
0 Comentários