Advogado de Genoino perde 16 kg durante julgamento do mensalão

Dieta, ioga, pilates e pedaladas. À frente da defesa do ex-presidente do PT José Genoino, o advogado Luiz Fernando Pacheco recorreu à reeducação alimentar e exercícios físicos para perder 16 quilos durante as oito primeiras semanas do julgamento do mensalão.
À esq. , o advogado de José Genoino, Luiz Fernando Pacheco, em 6 de agosto, durante a sustentação oral no plenário do STF; à dir., diante do tribunal, nesta quarta (19) (Foto: Reprodução/TV Globo e Fabiano Costa/G1)
O criminalista paulista contou ao G1 que, logo após o início da análise dos 37 suspeitos de envolvimento no esquema de compra de votos no Congresso, ele decidiu que era preciso emagrecer. Na ocasião, no início de agosto, Pacheco estava pesando 123 quilos. Segundo o advogado, a angústia e a expectativa em torno do julgamento fizeram com ele alcançasse o ápice de peso de sua vida.
Coloquei na cabeça que tinha de fazer [dieta e exercícios]. Agora, o terno já está até sobrando"
Luiz Fernando Pacheco
De mal com as medidas, aos 40 anos de idade, o defensor de Genoino se impôs uma nova alimentação e intensificou as práticas saudáveis. As aulas de ioga repetidas duas vezes na semana, diz Pacheco, além de auxiliá-lo a queimar calorias, também colaboraram para que ele se mantivesse mentalmente equilibrado diante da pressão do julgamento.
"Coloquei na cabeça que tinha de fazer [dieta e exercícios]. Agora, o terno já está até sobrando", brincou. Nesta quarta (19), a balança registrou 107 quilos.

Antes da sessão, a silhueta mais enxuta de Pacheco causou surpresa entre os  advogados no plenário do STF. Ao se deparar com o colega antes da sessão, o defensor de Geiza Dias (a funcionária "mequetrefe" de Marcos Valério), Paulo Sérgio Abreu e Silva, foi generoso no elogio. "Meu filho, se você continuar perdendo peso desse jeito vai acabar dançando no balé Bolshoi", brincou.
Afastado do plenário do STF desde sua sustentação oral, no dia 6 de agosto, Pacheco continuou acompanhando o julgamento pela televisão. O advogado diz que conversa diariamente com o cliente petista para avaliar o desdobramento do caso.
'Excessivamente duros'
Na avaliação de Pacheco, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão sendo "excessivamente duros" na apreciação das acusações contra os réus. Ele também ressalta que a corte está fazendo um julgamento "diferenciado".
"Tem a ver por ser um fato político grave que atingiu o cerne da República. (O STF) Está julgando o núcleo de poder que mandou no país e, de certo modo, ainda manda. Certamente, por isso, não é um julgamento como qualquer outro", ponderou Pacheco.
De acordo com o advogado, seria "anormal" se os ministros do Supremo não tivessem uma postura diferenciada diante do interesse gerado no país pelo julgamento.
"Não dá para considerar que o tribunal é feito de autômatos que não se deixam influenciar mais ou menos por esse clima todo. Pela própria natureza da ação, pela comoção que a ação provoca, pelos réus envolvidos", complementou.

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