Informações: TN Online.
O homem que permaneceu por quase 12 horas supostamente como refém do
foragido de Alcaçuz, em Arez, é na verdade um comparsa do criminoso. A
informação foi confirmada pela Polícia Militar. Rosiel Luiz da Silva, o
Dadão, de 35 anos, foragido há cerca de três meses da penitenciária de
Alcaçuz, na versão da PM, contava com a participação de Geovani
Figueiredo Silva para enganar as polícias e escapar ao cerco. Porém, de
acordo com o delegado Silva Júnior, a família de Geovani apresentou
laudos médicos que comprovam a insanidade mental e ele já teria sido
liberado. Ele será tratado como vítima.Após um cerco que durou quase 14 horas, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), numa operação conjunta com policiais militares de Goianinha, Brejinho e Arez, conseguiram recapturar o fugitivo de Alcaçuz Rosiel Luiz da Silva, de 35 anos, foragido há cerca de três meses, quando houve a fuga de doze indivíduos da maior penitenciária do Estado.
Após os policiais identificarem que Dadão já tinha projetado um buraco na parede lateral da casa para a fuga, os agentes iniciaram a invasão da pequena casa de apenas três cômodos, na comunidade de Mundo Novo, município de Arez.
Por volta da 00h15 dessa quinta-feira (23), uma bomba de efeito moral foi atirada para o interior do buraco feito por Dadão para a fuga. Imediatamente, a residência de taipa, de paredes esbranquiçadas, foi invadida pelos policiais, que encontraram o Dadão sem camisa e completamente sujo de areia.
"Ele sempre nos pedia um pouco de água, desde o começo, quando ele estava com o suposto refém. Era simplesmente para molhar a areia e facilitar a escavação", informou o coronel Reinaldo, comandante de patrulhamento do interior (CPI).
Após a tentativa frustrada de fuga, quando queimou folhas de papel higiênico para tirar a atenção dos policiais, Dadão foi recapturado e encaminhado para a delegacia de Goianinha, por volta das 00h30, para prestar esclarecimentos e aguardar o encaminhamento para uma cadeia. O fugitivo é condenado a 48 anos de prisão por crimes como estupro, assalto, homicídio qualificado e outros delitos.
Já Geovani Figueiredo, que prestava esclarecimentos à Polícia Civil, foi liberado após a apresentação dos laudos de insanidade mental apresentados pela família, que comprovaram a necessidade de que ele recebesse tratamento psiquiátrico. O delegado Silva Júnior informou que Geovani será tratado como vítima no caso.
Casa
O pequeno casebre na comunidade de Mundo Novo não possuía móveis em seu interior. Apenas redes no chão e muita sujeira. Sem calçamento, muita areia e outros dejetos se acumulavam pelos arredores da residência. Uma parede interna servia de proteção para o esconderijo de Dadão. A água e a luz da casa foram cortados logo no início da manhã de ontem, quando a operação e cerco foram iniciados, por volta das 9h30.
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