Governo já admite reajuste da gasolina



Imagem/Arquivo Blog "naserra"
Rio (AE) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu ao comando da Petrobras que haverá reajuste de preço de combustíveis nas bombas, de acordo com fonte ouvida pela Agência Estado. O objetivo seria estimular a recuperação dos resultados da companhia, que registrou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre - o primeiro em 13 anos. Segundo a fonte, a presidente da Petrobras, Graça Foster, se viu obrigada a conter o choro ao reportar o prejuízo ao Conselho de Administração da companhia. O resultado de abril a junho foi o primeiro totalmente sob a gestão de Graça, que assumiu o cargo em fevereiro. Mantega teria sinalizado em direção ao aumento de preços após ouvir na sexta-feira o relato emocionado da presidente da estatal.

O ministro teria encerrado a discussão na sexta-feira com a promessa de um reajuste, embora sem dar detalhes. Não foram discutidos porcentuais ou data. Aos interlocutores, deixou subentendido que um possível reajuste não seria imediato. O governo terá de estudar o melhor momento para lançar mão da medida para diesel, gasolina ou ambos.

A sinalização de Mantega mostra uma mudança de disposição do governo - controlador e sócio majoritário da companhia - que há nove anos não autoriza reajustes com impacto para a inflação. Os últimos aumentos foram compensados com a redução da Cide, agora zerada.

Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo não vê nenhum outro instrumento para socorrer a Petrobras senão um aumento no preço dos combustíveis. O ministro disse que a suspensão da cobrança da Cide sobre o combustível para o aumento não chegar à bomba, no ano passado, não compensou o prejuízo.

Segundo ele, uma avaliação sobre o reajuste vem sendo feita permanentemente pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério das Minas e Energia. "A possibilidade de haver um reajuste este ano existe, mas não existe a decisão", informou.

Nas contas do governo, a defasagem nos preços dos combustíveis está entre 10% e 15%. Falta bater o martelo se há necessidade de recompor toda a perda ou apenas alinhar os preços à realidade do mercado internacional.


Fonte:   Jornal  Tribuna do Norte

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