O governo
pressionará os reitores das universidades federais a retomar as aulas em
agosto, pondo fim à greve que já dura mais de dois meses.
Segundo a Folha apurou, o principal instrumento de pressão será a
possibilidade de eles sofrerem uma ação de improbidade administrativa
por manter o pagamento do salário dos professores que estão em greve.
"Greve serve para que professores defendam seus direitos", expõe leitora
A folha de ponto encaminhada por eles ao Ministério do Planejamento não
expôs o cenário de paralisação nas instituições -57 das 59 universidades
estão sem aulas.
Para a pasta, o cenário é de uma "greve remunerada", o que é visto como
inaceitável. O governo espera resposta dos sindicatos e acredita na
volta ao trabalho. Se isso não ocorrer, a hipótese de entrar com ação de
improbidade administrativa contra os reitores será analisada.
Na avaliação da AGU (Advocacia-Geral da União), a decisão dos reitores
das universidades de não cortar o ponto dos professores configura ato
passível de ação de improbidade administrativa.
Apesar de terem autonomia administrativa, os reitores têm, segundo o
órgão, a responsabilidade de evitar prejuízos ao erário público -o que
estaria acontecendo com a manutenção do pagamento de professores.
Informações: Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural do Semi-árido
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