Greve das universidades federais volta a ser discutida na próxima quarta


Greve dos professores da Ufersa já dura mais de dois meses


A greve nas universidades federais deve fazer ano letivo durar até 2013. A paralisação já se arrasta por mais de 70 dias. Na próxima quarta-feira, 1º de agosto, representantes dos servidores em greve devem se reunir com o Governo Federal, às 21h, em Brasília, no Ministério do Planejamento, para voltar a discutir o assunto.
“Até lá a greve continua”, afirma o vice-presidente da Associação dos Docentes da UFERSA (ADUFERSA), professor José Torres Filho, que acrescenta que a paralisação traz prejuízos para toda a comunidade acadêmica que terá as férias diferenciadas, com relação ao período
convencional, e o calendário atrasado.
De acordo com José torres Filho, o calendário da Universidade está suspenso, oficialmente, até o momento em que as aulas forem retomadas, quando será concluído o semestre 2012.1. Depois disso, será necessário um período para realização das matrículas e, provavelmente, em janeiro ou fevereiro de 2013 tem início o semestre 2012.2.
A proposta apresentada pelo governo, que estipula reajustes que variam de 25% a 45%, não contempla as reivindicações da categoria. De acordo com o vice-presidente da Adufersa, primeiramente, 4% do percentual mínimo já estava incluído no valor pago desde o mês de março. Além disso, os professores são divididos em auxiliares, assistentes, adjuntos, associados e titulares. Apenas esse último segmento seria contemplado com o percentual máximo e, pelo menos na Ufersa, não há nenhum docente titular.
Com relação aos outros percentuais ofertados, Torres Filho comenta que a proposta melhorou um pouco, porém, como o reajuste é escalonado em três anos, quando a categoria fez o cálculo comparativo com índices de inflação percebeu que o reajuste ficaria aquém.
Essa mesma proposta foi apresentada aos servidores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). A proposição também não foi aceita, pois a categoria reivindica reposição salarial anual, a fim de que não necessitem reivindicar novos reajustes no futuro, conforme informou o coordenador local do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), professor Fábio Procópio.
“O que a gente não quer é que daqui a três ou quatro anos entre em greve de novo”, afirma. Para ele, o percentual oferecido não é ruim, a desvantagem está na forma como a proposta foi colocada.
Segundo o coordenador, o sindicato Nacional está em Brasília, reunido em plenária e a categoria espera para ver quais posicionamentos serão adotados a partir daí.

Informações: Gazeta do Oeste
Foto: Alcivan Costa/Gazeta do oeste

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