Jovens internados após o incêndio começam a respirar sem aparelhos

Dos 84 pacientes que respiravam com ajuda de aparelhos, 18 já não precisam mais da ventilação mecânica. Ingrid teve alta da UTI e está no quarto do hospital. Ela tem 20 anos e trabalhava no bar da boate Kiss.
A mãe conta que a jovem se salvou porque, ao se sentir sufocada pela fumaça, abriu o freezer da boate e encheu os pulmões de ar fresco. Depois, pulou o balcão do bar, gritou por socorro e foi carregada para fora da boate.
Nas últimas horas, mais duas pessoas tiveram alta em Santa Maria. Quem sai do hospital continua precisando de cuidados e recebendo atendimento da rede de saúde.
“Todos os pacientes têm alta a domicílio, mas como toda alta hospitalar você tem o acompanhamento ambulatorial por um bom tempo. Cada caso é um caso um caso. Pode precisar muitos meses ou algumas consultas e acabou”, explica Paulo de Tarso Abraão, coordenador da Força Nacional do SUS.
O Centro de Atenção Psicossocial de Santa Maria está funcionando 24 horas, por orientação dos Médicos Sem Fronteiras. A partir da experiência com casos de desastres no Brasil, cerca de 25% de toda a população da cidade, em torno de 65 mil pessoas, podem precisar de atendimento psicológico.
A tristeza pode se transformar em sintomas físicos, como dores de cabeça e pressão alta. Nesses casos, a orientação é evitar a automedicação e buscar ajuda especializada. “Nesse momento sentir dor é normal. Temos que cuidar se o sentimento ficar agudo, duas, três semanas”, afirma Adriana Krum, enfermeira.

Reprodução Cidade News Itaú

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