Em ofício encaminhado pelo presidente da Frente Parlamentar da Seca, deputado Assis Quitans, a Assembleia Legislativa da Paraíba sugeriu que o exército brasileiro assuma as obras de transposição do Rio São Francisco. A justificativa é de que até agora os únicos trechos da transposição que estão concluídos são aqueles que se encontram sobre responsabilidade do exército.
No documento, são elencadas 14 sugestões para viabilizar a conclusão do projeto e otimizar sua execução. Entre elas, estão a criação pelo governo do Estado de um Grupo de Trabalho Multidisciplinar para estudar os problemas ambientais que vão ocorrer com a entrada das águas no Estado, a agilização de obras sanitárias nos 54 municípios paraibanos que serão beneficiados com o projeto e a proposta de fortalecimento da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa).
O pedido é apenas uma das medidas adotadas pelo Legislativo que tem o objetivo de agilizar a conclusão da obra. O presidente da Assembleia, deputado Ricardo Marcelo falou a respeito da medida. “Os fatores que agravam a situação, tais como baixa umidade relativa do ar (20%) e desertificação fruto das adversidades climáticas, requerem estratégias que visem, pelo menos a médio e longo prazo, criar condições de vida para a população e o rebanho, este em vias de dizimação”, descreve.
Os deputados participarão, na próxima semana, da Caravana da Seca. Eles vão percorrer cerca de 2 mil quilômetros com o objetivo de verificar a situação de calamidade enfrentada pela população paraibana e cobrar soluções urgentes das autoridades para o problema.
A caravana será realizada no período de terça-feira (4) a sexta-feira (7) em diversas regiões do Estado.
A obra do projeto da transposição de águas do rio São Francisco começou em 2007 e foi orçada em R$ 4,5 bilhões. Hoje ela custa R$ 8,2 bilhões. A previsão para conclusão era 2012, mas atualmente o governo federal já fala que a obra será finalizada em 2015.
Fonte: PB Agora/Cidade News Itaú
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