As famílias
mossoroenses passaram a registrar um gasto extra nas despesas
domésticas, isso porque, desde segunda-feira (17), os revendedores de
gás de cozinha aumentaram o preço do produto, que antes custava entre R$
30,00 e R$ 35,00, dependendo da empresa fornecedora, e passou a valer
R$ 45,00. O aumento de 50% está relacionado ao crescimento dos custos do
setor.
A vendedora
Célia Oliveira disse que os consumidores têm reclamado bastante do
aumento, porém como é um produto de grande importância, eles acabam
aceitando o valor.
"O preço
cresceu muito de uma vez só, parece não ser muito significativo, mas R$
10,00 ou R$ 15,00 fazem muita diferença no bolso do brasileiro. O que
nos foi repassado é que o aumento ocorreu em nível nacional e está
relacionado ao acréscimo de custos no setor", relatou a vendedora.
O professor
de economia Fábio Rodrigues explicou que o aumento do gás de cozinha
tende a diminuir a renda disponível das pessoas, impactando,
invariavelmente, na diminuição de outras despesas consideradas
essenciais para as famílias, tais como alimentação e saúde.
"Por menor
que seja o aumento, que não é o caso, já que o reajuste será de 50% em
média, esse gasto adicional e inesperado sempre precisa ser coberto pela
diminuição de outro, seja na diminuição de gastos básicos, como feira
ou transporte público, seja em gastos considerados supérfluos, como
cinema, barzinho etc", informou Fábio.
Uma das
formas sugeridas pelo docente para diminuir os efeitos que o aumento do
gás pode trazer é reduzir os gastos e investir em uma poupança para
despesas extras.
"Por mais
difícil que possa parecer, a sugestão de qualquer economista é reduzir
seus gastos em, no máximo, 80% de sua renda mensal, deixando os 20%
restantes para aplicações e cobertura de despesas inesperadas, tal como o
aumento do gás. Em relação ao gás, deve-se considerar que,
diferentemente de outros combustíveis, seu preço não é tabelado, valendo
a regra de pesquisar e pechinchar ao máximo para diminuir o valor pago
pelo insumo", destaca o professor.
O
presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás
Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, disse que
nos últimos meses tem sido forte a pressão para o aumento no preço do
gás de cozinha em função do crescimento dos custos do setor.
Fonte: O Mossoroense
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