Após a
visita do Conselho Regional de Medicina (Cremern) e dos Direitos
Humanos ao Hospital Walfredo Gurgel na manhã desta quarta-feira (12),
pacientes, médicos e enfermeiros fizeram um protesto em frente ao
pronto-socorro. Revoltados, os pacientes ameaçaram queimar colchões
O
Cremern convidou conselheiros dos Direitos Humanos para conhecer a
realidade do maior hospital do Estado. O Rio Grande do Norte está em
estado de calamidade há mais de 60 dias, e o plano emergencial para
conter o caos lançado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ainda não
apresenta resultados visíveis, pelo menos para os pacientes da unidade.
Os
pacientes que tiveram condições de se deslocar acompanharam médicos e
outros profissionais de saúde até a porta do Pronto-Socorro para fazer o
protesto em frente às câmaras de televisão e jornalistas presentes
durante a visita. Com palavras de ordem, os manifestantes gritavam:
“Saúde é o que interessa. A Copa não tem pressa”, sobre os investimentos
do governo potiguar na infraestrutura para a sede da Copa 2014.
“Queremos
respeito aos pacientes, respeito a todos nós. Nossas mãos hoje não
foram lavadas. Temos risco de contaminar os pacientes porque não lavamos
nossas mãos por falta de sabão no hospital. Sabão. Queremos lavar as
nossas mãos”, gritava a técnica de enfermagem Ângela Maria Ramos, que
trabalha na sala de gesso do hospital. Outra mulher, a acompanhante de
um paciente, se ajoelhou e implorou por ajuda. “Pelo até pelo amor de
Deus. Nos ajudem. Tenham piedade. Misericórdia de todos nós”, rogou a
mulher.
Fonte: DN Online/Cidade News Itaú
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